Iguais e diferentes: um pouco dos harckerspaces brasileiros

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    Professora da Faculdade de Educação da UFBA (FACED/UFBA). Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC). Pedagoga, integrante do Raul Hacker Club de Salvador/Bahia, idealizadora do Projeto Crianças Hackers e Mãe do Ian.
Pelo menos nos últimos dez anos observamos o surgimento de coletivos e de espaços que congregam pessoas interessadas em arte, cultura e tecnologias, originando agrupamentos conhecidos como espaços hacker ou hackerspaces. Vários estudos chamam a atenção para o caráter subversivo desses espaços, por se posicionarem na contramão da cultura hegemônica buscando fortalecimento de culturas locais e tradicionais em diálogo com tecnologias digitais, através da produção de conhecimento aberto, compartilhado e livre, com uso do software livre. Elencamos aspectos que caracterizam a cultura e a ética dos hackers e descrevemos alguns hackerspaces brasileiros, contextualizando-os como movimentos sociais que, de diferentes formas, enfrentam e denunciam questões relacionadas às desigualdades sociais, especialmente no que se refere ao acesso, apropriação, produção e fruição de bens culturais e tecnológicos no Brasil. Ao final, traçamos algumas considerações acerca do caráter formativo dessas iniciativas, quanto as relações potencializadas entre pessoas e tecnologias..